“Uma imagem vale mais do que mil palavras”, já diria o ditado.
A era da transformação digital vem atingindo todos os setores corporativos, inclusive a
advocacia. Para tanto, novas possibilidades de comunicação surgem frequentemente
e, dentre elas, o Visual Law.
A ferramenta pode ser definida como uma forma de comunicação visual ágil que une o
Direito, a tecnologia e o design com o intuito de ultrapassar a dificuldade de linguagem
ou até mesmo formalismo jurídico, facilitando a compreensão do conteúdo a ser
reprisado. Portanto, a figura do Visual Law busca traduzir textos, como teses
complexas, em imagens, fluxogramas, figuras, vídeos, ícones, gráficos, infográficos e
mais infinitas possibilidades visuais.
O Visual Law não se prende apenas à advocacia forense, tampouco restringe-se para
apresentar um conteúdo ou resultado aos clientes, mas também pode ser utilizada em
todos os tipos de contratos visando facilitar o entendimento das partes.
Extensas contestações, petições iniciais ou contratos, por meio do Visual Law, são
facilmente transformadas em documentos de fácil acesso, entendimento leve e
compreensão visual para que o leitor consiga vislumbrar o conteúdo repassado.
Além disso, o Visual Thinking vem acompanhando o movimento do Visual Law com a
ideia de tornar o conteúdo jurídico mais visual e interativo, com elementos que visam
possibilitar ao leitor um entendimento simplificado do assunto abordado. É uma forma
de parar, pensar e traduzir para uma forma visual o teor abordado no documento.
Não se trata de uma exclusão textual, mas sim de uma combinação entre elementos
visuais e textuais para contar uma história de forma mais interativa, suscita e até
menos entediante.
A correta interpretação do leitor é extremamente relevante na advocacia, tendo em
vista que um documento truncado e pesado não atrai a atenção de quem está lendo.
Nessa ocasião, o advento do Visual Law anda lado a lado com o advogado para
possibilitar que a entrega da mensagem seja cem por cento efetiva.
A utilização de QR Codes, por consequência, torna-se mais frequente nas petições,
uma vez que facilita “linkar” o conteúdo jurídico com áudio ou até mesmo vídeo para
complementar a matéria tratada.
O desenvolvimento de conteúdos de Visual Law não está entre as aptidões mais
comuns entre juristas, portanto profissionais das áreas de designs, programadores,
publicitários, entre outros, podem formar equipe multidisciplinares para conseguir
transformar o conteúdo jurídico em um instrumento interativo e mais compreensivo.
A era da tecnologia é agora. A advocacia deve acompanhar este movimento e, entre
as ferramentas disponíveis, o Visual Law é a tendência de comunicação jurídica nesta
era.
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